ESCOLHER
OU SER ESCOLHIDO[1]?
“A
um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a
sua capacidade. Em seguida partiu de viagem”. Mateus, 15.
Professor Mário Márcio de Quadros
Ontem,
quinta-feira, 23 de maio de 2013, nós nos reunimos com o casal de professores
da E. E. Henrique Diniz, Paula e Felipe. Vieram eles falar da seriedade, do
compromisso e das dificuldades da escolha profissional acertada.
Tínhamos muitas
dúvidas. Também eles tiveram, quando adolescentes. Filho de pais médico e engenheiro,
Felipe tem irmãos que seguiram essas carreiras. Mas não queria ser nada disso! Sonhava
ser pesquisador. Imaginava-se mergulhado em documentos históricos que desvelassem
os mistérios e os enigmas do passado da cidade de Barbacena. Também não havia
pensado ser professor de História! Mas, entre sonhar e realizar...
Um
bom profissional será gerado com os pés fincados no chão.
Sonhando podemos realizar
qualquer coisa na vida. Academicamente não damos conta de tudo. Mesmo que
tenhamos cinco talentos e sejamos capazes de lucrar outros cinco. O bom e fiel servo
fará escolhas. E o mais acertado é investir no brilho de nosso olhar, no amor e
no prazer daquilo que realizamos, cotidianamente, sem o esforço, ou o peso da
obrigação.
Quando uma pessoa se põe naquilo que faz, ela explora seu maior
talento: sua humanidade. E o trabalho deixa de ser apenas uma ocupação
remunerada, um serviço. E passa a ser atividade que se destina ao aprimoramento
do humano nos indivíduos.
Portanto,
é preciso pesquisar. Trocar ideias. Ponderar. Conhecer o cotidiano. E descobrir
o fazer diário da profissão que nos desperta interesse. Dinheiro? Status? Glamour?
Não. Não. Nada disso. Amor. Alegria. Prazer. Sentimento de dever cumprido, de
realização profissional. É o que se deve contar na hora de se escolher a
carreira.
Nós,
humanos, não existimos para nós mesmos. Nascemos para servir aos outros
indivíduos. E servir com amor, com alegria, disposição, vontade e prazer.
Precisamos uns dos
outros... E nosso talento de nada valerá se não acreditarmos na importância
daquilo que fazemos. Trabalho digno? Aquele
que provoca o bem-estar de quem o realiza e de quem o recebe.
“O
teu olho é a luz do teu corpo. E se o teu olho for simples: todo o teu corpo
será luminoso[2]”.
O profissional dedicado
e amoroso será sempre escolhido o bem-aventurado aos olhos de Deus. Será a luz
do mundo e o sal da terra.
Barbacena, 04 de
junho de 2013.
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